Em algumas descrições, o
basilisco é uma serpente
fantástica. Plínio, o Velho, o descreve como uma
serpente com uma coroa dourada e, no macho, uma pluma vermelha ou negra. Durante a Idade Média era representado como tendo uma
cabeça de galo ou, mais raramente, de homem.
Para a heráldica, o basilisco
é visto como um animal semelhante a um dragão com cabeça de galo; em outras descrições,
porém, a criatura é descrita como um lagarto gigante (às vezes com muitas patas), mas a sua
forma mais aceita é como uma grande cobra com uma coroa. O basilisco é capaz de matar com um simples olhar.
Os únicos jeitos de matá-lo são fazendo-o ver seu próprio reflexo em um espelho,
considerando-se que alguém chegue perto o bastante.
Leonardo da Vinci
escreveu que o basilisco é tão cruel que, quando não consegue matar animais com
a sua visão venenosa, vira-se para as plantas e para as ervas aromáticas e,
fixando o olhar nelas, seca-as. O poeta Percy Bysshe Shelley fez também a seguinte
alusão ao olhar mortífero do basilisco na sua "Ôde a Nápoles": "(…)Sê
como o basilisco, que o inimigo mata por invisível ferimento."
O basilisco era, aliás,
muito frequentemente mencionado na literatura. Foi referido em obras de John Gay (The Beggar’s Opera,
acto II, air XXV), na novela Clarissa de Samuel Richardson (The Novels of Samuel
Richardson, vol. I, London, 1824, p 36) e nos poemas de Jonathan Swift (The
Select Works of Jonathan Swift, Vol. IV, London, 1823, p. 27) e de Alexander Pope
(Messiah, linhas 81-82). O português Antonio Feliciano de Castilho
escreveu sobre uma moura que tinha um olhar que "só se inflama vendo passar por
longe algum cristão, e nesses momentos dera ela todos os palácios de safiras,
todas as musicas e aromas das sultanas de Córdova, por ter o olhar do basilisco"
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No capítulo XVI do Zadig
de Voltaire, o basilisco é descrito
como um animal muito raro que só pode ser tocado por mulheres.
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