quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cérbero



Na mitologia grega, Cérbero ou Cerberus (em grego, ΚέρβεροςKerberos = "demónio do poço") era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e pescoço que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem.

Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina, irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão da Nemeia e a Esfinge.
A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Eneias e Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes cuspidoras de fogo saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco.
O monstro tricéfalo Cérbero presidindo sobre o terceiro ciclo infernal, aquele dos glutãos e dos epicúrios; uma aquarela do londrino William Blake (1757-1827); National Gallery of Victoria, Austrália.
Quanto à vida depois da morte, os gregos acreditavam que a morada dos mortos era o Sub-mundo, o reino de Hades, o deus da morte, ao lado de Perséfone(Deusa da destruição, filha de Zeus e Deméter). Hades era irmão de Zeus. Localizava-se nos subterrâneos, rodeado de rios, que só poderiam ser atravessados pelos mortos. Os mortos conservavam a forma humana, mas não tinham corpo, não se podia tocá-los. Os mortos vagavam pelo Hades, mas também apareciam no local do sepultamento. Havia rituais cuidadosos nos enterros, e os mortos eram cultuados, principalmente pelas famílias em suas casas. Quando os homens morriam eram transportados, na barca de Caronte para a outra margem do rio Aqueronte, onde se situava a entrada do reino de Hades. O acesso se dava por uma porta de diamantes junto a qual Cérbero montava guarda.
Para acalmar a fúria de Cérbero, os mortos que residiam no submundo jogavam-lhe um bolo de farinha e mel que os seus entes queridos haviam deixado no túmulo.
Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. Cérbero comia as pessoas. Um exemplo disso na mitologia é Pirítoo, que por tentar seduzir Perséfone, a esposa de Hades e filha de Deméter, deusa da fertilidade da Terra, foi entregue ao cão. Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados.
Cérbero, quando a dormir, está com os olhos abertos, porém, quando o mesmo está de olhos fechados, está acordado.
Euristeu, sabendo que Héracles só ficaria mais um ano sob suas ordens, estava desesperado de medo e, para seu décimo segundo trabalho, ordenou-lhe que descesse ao reino de Hades e trouxesse de volta o cão tricéfalo, Cérberus, que guardava as portas do inferno. Isto, tinha certeza, estava acima de suas forças; e o próprio Héracles duvidava que conseguisse realizar essa temerária e perigosa façanha. Ofertou grandes sacrifícios aos deuses, pedindo sua proteção; suas preces foram ouvidas. A deusa Atena, e Hermes, mensageiro dos deuses, apresentaram-se a ele, acompanhando-o até à sombria caverna, pelo túnel longo e escuro que levava às portas do Mundo Subterrâneo. Ao percebê-los, as três cabeças de Cérbero puseram-se a uivar de maneira horrível, o que chamou a atenção de Hades; mas ao ver um deus e uma deusa em companhia de Héracles, perguntou-lhes o que procuravam.

Héracles e Cerbero. Mosaico romano.

- Meu senhor Euristeu ordenou-me de levar à terra o cão tricéfalo Cérbero que guarda esta porta, disse Héracles, e é pela vontade de Zeus, senhor da terra e do céu, que eu lhe obedeço. Deixe-me levar seu cão de guarda para poder cumprir as ordens recebidas. Prometo-lhe que Cérbero nada sofrerá e lhe será restituído, são e salvo.

Hades fechou a carranca e respondeu:

- Se você for capaz de carregar Cérbero nos ombros, sem feri-lo, então poderá levá-lo ao seu senhor Euristeu; mas, prometa trazê-lo de volta, ileso.

Então Héracles aproximou-se de Cérbero e, apesar de suas três enormes bocarras guarnecidas de dentes afiados e cruéis, ergueu o animal aos ombros e subiu pelo caminho que levava da caverna tenebrosa à luz do dia. O caminho era longo, áspero e íngreme, e pesada a sua carga; as três cabeças rosnavam e mordiam, durante todo o trajeto, porém Héracles, concentrando-se no pensamento de próxima libertação, não lhes dava atenção. Afinal chegou a Micenas. Euristeu ficou tão apavorado quando soube que Héracles trazia nos ombros o terrível cão tricéfalo, que se escondeu debaixo da cuba de bronze, mandando-lhe uma mensagem na qual lhe ordenava que se afastasse de Micenas para todo o sempre. Então, de coração leve, dirigiu-se Héracles para a caverna. Desceu pelo longo túnel e depositou Cérbero às portas do Inferno.

Ninfa



Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de deusa -espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. Muitas vezes, ninfas compõem o aspecto de variados deuses e deusas, ver também a genealogia dos deuses gregos. São frequentemente alvo da luxúria dos sátiros. Em outros resumos as ninfas seriam fadas sem asas, leves e delicadas.

São a personificação da graça criativa e fecundadora na natureza.

Elfos

 

Elfo é uma criatura mística da Mitologia Nórdica e Céltica, que aparece com frequência na literatura medieval européia.

Nesta mitologia os elfos chamam-se Alfs ou Alfr, também chamados de "elfos da luz" - Ljosalfr. São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divinos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas. De fato, a palavra "Sol" na língua nórdica era Alfrothul, ou seja: o Raio Élfico; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos e anões.

Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais. Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos, estreita ligação com a natureza e geralmente acompanhadas de ótimos arqueiros.

Fada

 

A fada é um ser mitológico, característico dos mitos célticos, anglo-saxões, germânicos e nórdicos.

O primeiro autor que mencionou as fadas foi Pompônio Mela, um geógrafo que viveu durante o século I d.c. As fadas também são conhecidas como sendo as fêmeas dos elfos. O termo incorporou-se a cultura ocidental a partir dos assim chamados "contos de fadas". Nesse tipo de história, a fada é representada de forma semelhante a versão clássica dos elfos de J.R.R. Tolkien, porém apresentando "asas de libélula" as costas e utilizando-se de uma "varinha de condão" para realizar encantamentos.

Dependendo da obra em que aparece, a fada pode ser retratada em estatura de uma mulher normal ou diminuta. No primeiro caso, temos a fada de Cinderela. Como exemplo da segunda representação podemos citar "Sininho", do clássico infantil "Peter Pan", de J. M. Barrie.

O escritor e folclorista inglês Joseph Ritson, na sua dissertação On Faries, definiu as fadas como uma espécie de seres parcialmente materiais, parcialmente espirituais, com o poder de mudarem a sua aparência e de, conforme a sua vontade, serem visíveis ou invisíveis para os seres humanos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Hércules

 

Hércules (em latim: Hercules) é o nome em latim dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia grega Héracles, filho de Zeus e da mortal Alcmena. As antigas fontes romanas indicam que o herói grego "importado" veio substituir um antigo pastor mitológico chamado pelos povos da Itália de Recaranus ou Garanus, e que é famoso por sua força. Enquanto o mito de Hércules incorporou muito da iconografia e da própria mitologia do personagem grego, ele também tinha um número de características e lendas que eram marcadamente romanas.

Centauro



Na mitologia grega, os centauros (em grego Κένταυρος Kentauros, "matador de touros", plural Κένταυρι Kentauri; em latim Centaurus/Centauri) é uma criatura com a cabeça, braços e dorso de um humano e no corpo e pernas de um cavalo 1 2

Viviam nas montanhas de Tessália e repartiam-se em duas famílias:

  • Os filhos de Íxion e Nefele, que simbolizavam a força bruta, insensata e cega. Viviam originalmente nas montanhas da Tessália e alimentavam-se de carne crua. Alternativamente, consideravam-se filhos de Kentauros (o filho de Íxion e Nefele) e algumas éguas magnésias, ou de Apolo e Hebe. Conta-se que Íxion planejava manter relações sexuais com Hera, mas Zeus, seu marido, evitou-o moldeando uma nuvem (nefele, em grego) com a forma de Hera. Posto que Íxion é normalmente considerado o ancestral dos centauros, pode se fazer referência a eles poeticamente como Ixiónidas.
  • Os filhos de Filira e Cronos, dentre os quais o mais célebre era Quíron, amigo de Héracles, representavam, ao contrário, a força aliada à bondade, a serviço dos bons combates.

Os centauros são muito conhecidos pela luta que mantiveram com os Lápitas, provocada pelo seu intento de raptar Hipodâmia no dia da sua boda com Pirítoo, rei dos Lápitas e também filho de Íxion. A discussão entre estes primos é uma metáfora do conflito entre os baixos instintos e o comportamento civilizado na humanidade. Teseu, um herói e fundador de cidades que estava presente, inclinou a balança do lado da ordem correcta das coisas, e ajudou Pirítoo. Os centauros foram expulsos da Tessália e vieram a habitar o Épiro. Mais tarde Héracles exterminou quase todos.3 4 5 6

Cenas da batalha entre os Lápitas e os centauros foram esculpidas em baixo relevos no friso do Partenão, que estava dedicado à deusa da sabedoria Atena.
Na popular série de livros de C. S. Lewis, As Crônicas de Nárnia os centauros são retratados como criaturas sábias e nobres. Eles são dotados de observação de estrelas, profecia, cura, e guerra, uma raça feroz e valente sempre fiel ao Alto Rei Aslan o leão.
Na série de J. K. Rowling, Harry Potter os centauros são retratados como seres inteligentes e orgulhosos. Centauros vivem na Floresta Proibida perto de Hogwarts. Embora diferentes daqueles observados em Nárnia, eles vivem em sociedades chamados rebanhos e são hábeis em cura, arco e flecha, profecia e astrologia. Apesar das representações no cinema, que incluem muito animalescos, características faciais, a reação das meninas de Hogwarts para Firenze sugere uma aparência mais clássica.
Na série de livros Percy Jackson e os Olimpianos de Rick Riordan Eles são vistos como os festeiros que usam muita gíria americana, que são considerados selvagens e sem civilização. Quíron é mais como os centauros clássicos(da mitologia grega), fiel, sendo treinador dos heróis e qualificados no tiro com arco e sábio com Percy.
Na série Fablehaven de Brandon Mull Os centauros são retratados como um grupo, orgulhoso elitista de seres que se consideram superiores a todas as outras criaturas. O quarto livro também tem uma variação da espécie chamada de Alcetauro, que é parte homem, parte de alce.
No livro de Michael Ende A História Sem Fim há Cairon um centauro sábio. Centauros são vistos no filme Fantasia (Disney)

Perseu

 
Perseu (em grego: Περσεύς), na mitologia grega, foi o herói mítico grego que decapitou a Medusa, monstro que transformava em pedra qualquer um que olhasse em seus olhos.Nota 1 Perseu era filho de Zeus, que sob a forma de uma chuva de ouro, introduziu-se na torre de bronze e engravidou DânaeNota 2 a filha mortal do rei de Argos.
Acrísio, não acreditando que sua filha estivesse grávida de Zeus, colocou-a em um baú, que foi jogado ao mar.3 O cesto chegou à ilha de Sérifo, onde foi encontrada por Díctis, que criou o menino.

Grifo

GRIFO 300x225 As dez mais legais criaturas mitológicas do universo nerd. 

Grifo é uma criatura lendária com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Fazia seu ninho em bolcacas (nome usado para o ninho do grifo conforme a mitologia grega) e punha ovos de ouro sobre ninhos também de ouro. Outros ovos são frequentemente descritos como sendo de ágata.

A figura do grifo aparentemente surgiu no Oriente Médio onde babilônios, assírios e persas representaram a criatura em pinturas e esculturas. Voltaire incluiu na sua novela, A Princesa da Babilónia, dois enormes grifos amigos de uma fénix, que transportaram a princesa na sua viagem. Na Grécia acreditava-se que viviam perto dos hiperbóreos e pertenciam a Zeus. Filóstrato, escritor grego, referiu, na Vida de Apolônio de Tiana (livro VI. I), que os grifos da Índia eram guardiões do ouro. John Milton, no Livro II do Paraíso Perdido escreveu sobre os Arimaspos que se tentavam apoderar do ouro dos grifos. Também foi referido na poesia persa de Rumi. Na Idade Média Sir John Mandville escreveu sobre estes animais fabulosos no capítulo XXI do seu célebre livro de viagens no qual grande parte dele foi escrito pelo mesmo autor do Kama Sutra. Em tempos mais recentes, sua imagem passou a figurar em brasões pois aparentemente possui muitas virtudes e nenhum vício.

Os grifos são inimigos mortais dos basiliscos.

Como diversos animais fantásticos, incluindo centauros, sereias, fênix, entre outros, o grifo simboliza um signo zodiacal, devido ao senso de justiça apurado, o fato de valorizar as artes e a inteligência, e o fato de dominar os céus e o ar, simboliza o signo de libra, a chamada balança.

Os grifos podem raramente cruzar com éguas e o fruto desse cruzamento recebe o nome de hipogrifo.

Também são retratados em moedas, por exemplo, na lira italiana tem, entre outros desenhos, o de um grifo.

Os grifos são possíveis confusões de fósseis de Protoceratops, dinossauros ceratopsídeos que viviam na Mongólia.

Gárgola



As gárgulas, na arquitetura, são desaguadouros, ou seja, são a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede e que, especialmente na Idade Média, eram ornadas com figuras monstruosas, humanas ou animalescas, comumente presentes na arquitetura gótica. O termo se origina do francês gargouille, originado de gargalo ou garganta, em Latim gurgulio, gula. Palavras similares derivam da raiz gar, engolir, a palavra representando o gorgulhante som da água; em italiano: doccione; alemão: Ausguss, Wasserspeier.

Acredita-se que as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para indicar que o demônio nunca dormia, exigindo a vigilância contínua das pessoas, mesmo nos locais sagrados.

Uma quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouros e serve apenas para funções artísticas e ornamentais. Elas também são popularmente conhecidas como gárgulas.

O termo gárgula é majoritariamente aplicado ao trabalho medieval, mas através das épocas alguns significados de escoar a água do telhado, quando não conduzidos por goteiras, foram adotados. No antigo Egito, as gárgulas escoavam a água usada para lavar os vasos sagrados, o que aparentemente precisava ser feito no telhado plano dos templos. Nos templos gregos, a água dos telhados passava através da boca de leões os quais eram esculpidos ou modelados em mármore ou terracota na cornija. Em Pompeia, muitas gárgulas de terracota que foram encontradas eram modeladas na forma de animais.

Uma lenda francesa gira em torno do nome de São Romano (+ 641 D.C), primeiro chanceler do rei merovíngio Clotário II, que foi feito bispo de Ruão. A história relata como ele e mais um prisioneiro voluntário derrotaram "Gárgula", (La Gargouille), um dragão-do-rio (ou serpente-do-rio) que vivia nos pântanos da margem esquerda no rio Sena, em Ruão, e que afundava os barcos e comia as pessoas e os animais da região. Um dia, o bispo atraiu a Gárgula para fora do rio com um crucifixo, e usando seu lenço como cabresto, levou o monstro até à praça principal. Lá, os aldeões a queimaram até a morte.

Apesar da maioria ser figuras grotescas, o termo gárgula inclui todo o tipo de imagem. Algumas gárgulas são esculpidas como monges, outras combinando animais reais e pessoas, e muitas são cômicas.

Basilisco

 
 
Imagem de um Basilisco.

Em algumas descrições, o basilisco é uma serpente fantástica. Plínio, o Velho, o descreve como uma serpente com uma coroa dourada e, no macho, uma pluma vermelha ou negra. Durante a Idade Média era representado como tendo uma cabeça de galo ou, mais raramente, de homem. Para a heráldica, o basilisco é visto como um animal semelhante a um dragão com cabeça de galo; em outras descrições, porém, a criatura é descrita como um lagarto gigante (às vezes com muitas patas), mas a sua forma mais aceita é como uma grande cobra com uma coroa. O basilisco é capaz de matar com um simples olhar. Os únicos jeitos de matá-lo são fazendo-o ver seu próprio reflexo em um espelho, considerando-se que alguém chegue perto o bastante.
Leonardo da Vinci escreveu que o basilisco é tão cruel que, quando não consegue matar animais com a sua visão venenosa, vira-se para as plantas e para as ervas aromáticas e, fixando o olhar nelas, seca-as. O poeta Percy Bysshe Shelley fez também a seguinte alusão ao olhar mortífero do basilisco na sua "Ôde a Nápoles": "(…)Sê como o basilisco, que o inimigo mata por invisível ferimento."
O basilisco era, aliás, muito frequentemente mencionado na literatura. Foi referido em obras de John Gay (The Beggar’s Opera, acto II, air XXV), na novela Clarissa de Samuel Richardson (The Novels of Samuel Richardson, vol. I, London, 1824, p 36) e nos poemas de Jonathan Swift (The Select Works of Jonathan Swift, Vol. IV, London, 1823, p. 27) e de Alexander Pope (Messiah, linhas 81-82). O português Antonio Feliciano de Castilho escreveu sobre uma moura que tinha um olhar que "só se inflama vendo passar por longe algum cristão, e nesses momentos dera ela todos os palácios de safiras, todas as musicas e aromas das sultanas de Córdova, por ter o olhar do basilisco" 1
No capítulo XVI do Zadig de Voltaire, o basilisco é descrito como um animal muito raro que só pode ser tocado por mulheres.
Os basiliscos são inimigos mortais dos grifos. O parente mais próximo do basilisco é a cocatrice.

Sátiros



Sátiro (em grego, ΣάτυροςSátyros), na mitologia grega, era um ser da natureza com o corpo metade humano e metade de bodes. Equivale ao fauno da mitologia romana.

História


Normalmente eram-lhes consagrados o pinho e a oliveira e apesar de serem divinos, não eram imortais.

Na mitologia dos povos gregos, os sátiros (em grego, Σάτυροι, Sátyroi.) são divindades menores da natureza com o aspecto de homens com cauda e orelhas de asno ou cabrito, pequenos chifres na testa, narizes achatados, lábios grossos, barbas longas.

Viviam nos campos e bosques e tinham freqüentes relações sexuais com as ninfas (principalmente as Mênades, que a eles se juntavam no cortejo de Dionísio).

Sátiros na cultura popular


Mosaico de um sátiro, encontrada em uma vila em Genazzano. Período antonino 138-192 d.C.

  • No jogo Mortal Kombat: Armageddon, Motaro e toda sua raça de Centauros foram atingidos por uma antiga maldição Shokan, que os reduziu a sátiros bípedes (muito embora eles sejam referidos oficialmente como minotauros ao invés de sátiros verdadeiros).
  • O jogo DOOM e sua sequência Doom II: Hell on Earth apresentam como personagens inimigos duas criaturas demoníacas chamadas Cavaleiro do Inferno (Hell Knight) e Barão do Inferno (Hell Baron), ambos são sátiros musculosos cujas mãos envoltas em ectoplasma verde atiram poderosas bolas de energia ou retalham outros seres com suas garras enormes.
  • A série de jogos Diablo exibe sátiros (sob o nome de Goatmen - "Homens-Bode") como poderosos inimigos mano-a-mano, retratados como aberrações infernais que misturam características humanas com bode, possivelmente inspirados na figura mítica de Baphomet.
  • No jogo God of War, os sátiros aparecem como criaturas demoníacas muito velozes, comedores de carne humana, híbridos de humano com bode, que carregam uma lança que pode ser partida ao meio para transformar-se em duas espadas gêmeas.
  • No jogo Age of Mythology, os sátiros são unidades que atiram lanças.
  • Na Saga Percy Jackson e os Olimpianos, o personagem Grover é um sátiro que está à procura do deus .
  • No livro O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa da série As Crônicas de Nárnia, o personagem Sr. Tummus é um sátiro (sob o nome de fauno).
  • No filme Hércules da Disney, o treinador do herói (Filoctetes) é um sátiro.

Dragão



Dragões ou dragos (do grego drákon, δράκων) são criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões, normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes serpentes.

Em vários mitos são apresentados literalmente como grandes serpentes, como eram inclusive a maioria dos primeiros dragões mitológicos, e em suas formações quiméricas mais comuns. A variedade de dragões existentes em histórias e mitos é enorme, abrangendo criaturas bem mais diversificadas. Apesar de serem presença comum no folclore de povos tão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura, uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais de sabedoria e força, ou simplesmente feras destruidoras.
Os Dragões talvez sejam uma das primeiras manifestações culturais ou mito criados pela humanidade.
Muito se discute a respeito do que poderia ter dado origem aos mitos sobre dragões em diversos lugares do mundo. Em geral, acredita-se que possam ter surgido da observação pelos povos antigos de fósseis de dinossauros e outras grandes criaturas, como baleias, crocodilos ou rinocerontes, tomados por eles como ossos de dragões.
Por terem formas relativamente grande, geralmente, é comum que estas criaturas apareçam como adversários mitológicos de heróis lendários ou deuses em grandes épicos que eram contados pelos povos antigos, mas esta não é a situação em todos os mitos onde estão presentes. É comum também que sejam responsáveis por diversas tarefas míticas, como a sustentação do mundo ou o controle de fenômenos climáticos. Em qualquer forma, e em qualquer papel mítico, no entanto, os dragões estão presentes em milhares de culturas ao redor do mundo.
As mais antigas representações mitológicas de criaturas consideradas como dragões são datadas de aproximadamente 40.000 a. C., em pinturas rupestres de aborígines pré-históricos na Austrália. Pelo que se sabe a respeito, comparando com mitos semelhantes de povos mais contemporâneos, já que não há registro escrito a respeito, tais dragões provavelmente eram reverenciados como deuses, responsáveis pela criação do mundo, e eram vistos de forma positiva pelo povo.

Dragões para a mitologia

Dragões ao redor do mundo

A imagem mais conhecida dos dragões é a oriunda das lendas europeias (celta/escandinava/germânica) mas a figura é recorrente em quase todas as civilizações antigas. Talvez o dragão seja um símbolo chave das crenças primitivas, como os fantasmas, zumbis e outras criaturas que são recorrentes em vários mitos de civilizações sem qualquer conexão entre si.
Há a presença de mitos sobre dragões em diversas outras culturas ao redor do planeta, dos dragões com formas de serpentes e crocodilos da Índia até as serpentes emplumadas adoradas como deuses pelos astecas, passando pelos grandes lagartos da Polinésia e por diversos outros, variando enormemente em formas, tamanhos e significados.
O escritor grego Filóstrato, dedicou uma extensa passagem da sua obra Vida de Apolônio de Tiana aos dragões da Índia (livro III, capítulos VI, VII e VIII). Forneceu informações muito detalhadas sobre esses dragões.

Kraken



O Kraken era uma espécie de lula ou polvo gigante que ameaçava os navios no folclore nórdico. Este cefalópode tinha o tamanho de uma ilha e cem braços, acreditava-se que habitava as águas profundas do Mar da Noruega, que separa a Islândia das terras Escandinavas, mas poderia migrar por todo o Atlântico Norte. O Kraken tinha fama de destruir navios, mas só destruía aqueles que poluíam o mar e navios de piratas.

O Kraken também pode ser visto na mitologia grega como um polvo gigante com membros humanóides com uma armadura impenetrável e que habitava uma caverna submersa. As histórias de Krakens tinham fundamento, tal como muitas outras histórias de seres fantásticos, numa má observação da fauna, no caso dos Kraken provavelmente em ataques de lulas gigantes ou lulas colossais. Um bom exemplo dessa teoria são as sereias, cujos responsáveis são os registos visuais de dugongos e focas de longe, em nevoeiros.

O Kraken era uma criatura tão temida pelos marinheiros quanto as ferozes Serpentes Marinhas.

Referências na cultura popular


No filme Piratas do Caribe: O Baú da Morte, o Kraken é um hediondo ser marinho, o monstro do pirata Davy Jones, que pode arrancar seu rosto e arrastá-lo para as profundezas abissais do mar com sua boca . Ele é invocado quando a tripulação de seu navio, o Holandês Voador, roda um volante com manípulos, que quando chega ao topo bate no casco, vibrando o mar e despertando o Kraken.

Há uma referência clara ao Kraken em Fúria de Titãs, filme de 1981 que tinha efeitos especiais convincentes na época, quando perseu mata kraken, mostrando a cabeça da Medusa o transformando em pedra. Neste filme, que retrata algumas pinceladas da mitologia grega. O Kraken é o ser criado por Cronos com a finalidade de defende-lo quando presente na Terra, momento que ficaria fragilizado. Cronos(em grego: Κρόνος, deus do tempo, Χρόνος[1]), é a divindade suprema da segunda geração de deuses da mitologia grega e titã, correspondente ao deus romano Saturno.

O ser mitológico também aparece num episódio do desenho animado Padrinhos Mágicos, no qual Cosmo (uma das fadas e personagens principais do programa) é julgado por ter afundado Atlântida (9 vezes). E Ben 10 um monstro que queria proteger os ovos de Jonah Melvile também em Cavaleiros do Zodíaco o general marina do Oceano Ártico, Isaac, é representado por Kraken. Júlio Verne também refere Kraken, por várias vezes, na sua obra Vinte Mil Léguas Submarinas. E em God of War 2 Kratos (o protagonista do jogo) enfrenta Kraken. A exploradora de tumbas Lara Croft, em Tomb Raider: Underworld, também encontra Kraken, que ficou preso em uma caverna submersa em Niflheim.

O Kraken foi um monstro marinho muito usado na cultura popular, inclusive muitas informações, principalmente vindo de filmes, e séries que o usam lendas, como o filme Fúria de Titãs. Ele também aparece no jogo Age of Mythology como uma unidade mítica marinha nórdica e com o nome científico Psychroteuthis Pelagii. Ele é tambem um chefão do RPG Earthbound.

No Mangá/Anime One Piece, o Kraken apararece enquanto a tripulação dos Chapeu de Palha está a caminho da Ilha dos Tritões. Após ser derrotado por Luffy, o Kraken (que recebe o nome de Surume) é domesticado por ele para ajudar a guiar o navio

Fénix



A fênix ou fénix (em grego ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo.

Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fénix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

Suas lágrimas tem propriedades para curar qualquer tipo de doença ou ferida. Ela também suportava cargas muito pesadas, como elefantes, e dominava a arte da Pirocinese (produzia e manipulava o fogo).

Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do deus Rá, ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.

Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos.

De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte se aproximar, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Sol.

Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo (204-222 d. C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois.

Atualmente os estudiosos creem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.

Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por fénix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.